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publicado 19 de jul. de 2025 · Por J. Bo.

Justiça de SP Nega Pensão Alimentícia Para Cachorro Após Divórcio: Entenda o Caso

Mulher pede pensão para cachorro após divórcio; Justiça nega por falta de base legal.

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Justiça de São Paulo Nega Pensão Alimentícia para Cachorro em Caso de Divórcio

Uma decisão judicial inovadora chamou a atenção na área de Direito de Família em São Paulo. Uma mulher, após se separar, buscou a Justiça solicitando pensão alimentícia para o cachorro que ficou sob seus cuidados. O pedido, no entanto, foi negado em duas instâncias.

O caso foi relatado pelo O Globo, destacando o argumento da mulher de que não possui condições financeiras para arcar sozinha com os custos mensais do pet. Ela reivindicava 30% dos rendimentos líquidos do ex-marido, justificando que as despesas mensais com o animal ultrapassavam R$ 900. Os valores incluíam gastos com ração, banho, higiene, vacinas e roupas de inverno, além de um custo emergencial de R$ 3 mil em atendimentos veterinários recentes.

O pedido inicial foi rejeitado na primeira instância pelo juiz Márcio Botetti, que argumentou não haver base legal no Direito de Família para estender a obrigação de pensão alimentícia a animais de estimação. Mesmo com recurso, a decisão foi mantida pela desembargadora Fátima Cristina Ruppert Mazzo, da 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que também negou o apelo.

Repercussão e Discussões Legais

Este caso trouxe à tona debates sobre os direitos dos animais e a possibilidade de considerá-los no âmbito de pensões alimentícias após divórcios. Atualmente, no Brasil, a legislação do Direito de Família não prevê amparo financeiro obrigatório para pets. O casal envolvido havia adquirido o cachorro durante o casamento, mas após a separação, o cuidado ficou exclusivamente com a ex-esposa.

Especialistas na área jurídica ressaltam que a decisão pode influenciar futuros casos semelhantes, definindo um precedente sobre a interpretação da lei em relação ao suporte financeiro para animais de estimação. Dada à crescente adoção de pets como membros da família, este tema pode eventualmente necessitar de atenção legislativa para definir diretrizes claras.

Despesas com Pets: Uma Preocupação Crescente

Casos como este refletem uma realidade cada vez mais comum. O aumento dos custos relacionados ao cuidado dos animais de estimação tem se mostrado uma preocupação para muitos tutores. Além das despesas básicas com alimentação e higiene, emergências médicas podem exigir investimentos significativos, como destacado no caso mencionado.

Com a relevância dos pets crescendo nas famílias brasileiras, a necessidade de discutir e talvez atualizar a legislação para proteger os interesses tanto dos tutores quanto dos animais se torna aparente. Até então, as decisões sobre essas questões têm sido resolvidas caso a caso, dependendo da interpretação dos juízes envolvidos.

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